Atualmente, é de senso comum que a qualidade do software é um dos pontos mais cruciais para promover o sucesso de sua adoção por parte do usuário. Entretanto, atingir todas as exigências, sejam explícitas e implícitas, relacionadas à qualidade de um software pode parecer uma tarefa custosa, sobretudo quando as fases de produção do ciclo de desenvolvimento de um produto não estão assertivamente definidas. 

Sendo assim, ter um ciclo de desenvolvimento de produto baseado em software bem estruturado e coeso pode significativamente reduzir a incidência de problemas encontrados pelo usuário final. Isso, por sua vez, previne retrabalho das equipes de desenvolvimento, evitando todo custo associado com entregas de baixa qualidade e instáveis.

Ainda, uma fase de homologação bem estruturada possibilita que os engenheiros consigam quantificar a eficiência das integrações externas como APIs (Application Programming Interface) ou integrações com serviços segurança como WAFs (Web Application Firewall), por exemplo.

Neste artigo, comentaremos sobre uma etapa presente no ciclo de desenvolvimento de software que muitas vezes é subestimada por engenheiros de software: a homologação. Além disso, elencamos cincos pontos cruciais que validam a necessidade de uma homologação forte do software antes de colocá-lo em produção.

A Homologação

A fase de homologação está presente no ciclo de vida de desenvolvimento de um software e tem por objetivo validar as regras de negócio antes de colocar um ou vários módulos de um projeto em produção. Um dos principais objetivos nesta fase é identificar antecipadamente todo problema que poderia ser encontrado em produção e resolvê-lo de imediato. Desta maneira, é possível reduzir todos os custos associados ao retrabalho, evitando implantações de partes defeituosas no software.

Durante a fase de homologação, busca-se replicar o ambiente de produção o mais fielmente possível, incluindo banco de dados, frontend, backend, microsserviços, entre outros. Assim, cria-se um contexto realista que proporciona a boa avaliação precisa da qualidade de um produto em termos de confiabilidade e estabilidade. 

Em linhas gerais, é possível observar os seguintes aspectos que sintetizam a importância de uma fase de homologação no ciclo de desenvolvimento de um produto:

• Isolamento e Reprodução de Problemas: Ao criar um ambiente idêntico ao ambiente de produção, todo erro identificado pode ser reproduzido repetidas vezes sem impactar diretamente o usuário final. Assim, módulos ou features com problemas específicos têm seus erros identificados com maior facilidade  e, por sua vez, são corrigidos antes que possam ocasionar complicações mais severas.

• Avaliação de Desempenho: É muito comum que um software em desenvolvimento apresente requisitos específicos que impõem restrições quanto ao tempo de execução de determinadas tarefas. Nesse cenário, uma fase de homologação desempenha um papel crucial ao permitir a medição precisa do tempo de execução de cada requisito em situação controladas. Isso assegura que o produto possa atender às expectativas estipuladas mesmo em situações de elevado estresse.

• Validação de Integração: Um ambiente de homologação completo deve preservar todas as integrações que seriam essenciais para o bom funcionamento do produto. Logo, a homologação propicia justamente a validação das integrações entre diversos módulos do mesmo produto ou com serviços externos.

• Testes de Segurança: Em um mundo onde requisitos de segurança se estabelecem inerentemente ao desenvolvimento de qualquer software, validar a eficácia dos métodos de segurança implementados é de fundamental importância. Estas validações podem ocorrer durante a fase de homologação, identificando exposições e corrigindo vulnerabilidades antes que determinada entrega seja colocada em produção, evitando assim a exposição inadequada de dados sensíveis.

• Treinamento e Familiarização: A fase de homologação também se revela valiosa na familiarização e treinamento das equipes especializadas que prestarão suporte técnico ao usuário final. Ao submeter estas equipes a treinamentos, reduz-se a curva de aprendizado das equipes a cada lançamento, ocasionando em menos tempo empregado em suporte ao usuário.

 Conclusão

Dentro do ciclo de desenvolvimento de software, a fase de homologação entra como um fundamental recurso que viabiliza a compreensão do comportamento do software em um ambiente real, de forma controlada. Em resumo, esta fase permite que equipes garantam a confiabilidade e estabilidade do produto antes de disponibilizá-lo para o usuário final. Desta forma, atende-se todos os requisitos de um projeto (implícitos e explícitos), visando o minimizar custos associados a problemas encontrados na fase final de um projeto de software.

A fase de homologação entra no ciclo de desenvolvimento de produto como uma medida proativa e reativa que agrega benefícios tangíveis ao usuário final, que usufrui de uma entrega sólida e robusta. Esta etapa também permite que desenvolvedores tenham visibilidade mais clara do real comportamento do produto em situações reais de uso.

A XLabs Security recomenda fortemente testes prévios com WAF em ambientes de homologação antes de adicionar as aplicações de produção no WAF e CDN da XLabs. Assim, tanto a equipe de desenvolvimento responsável pela aplicação quanto a equipe técnica da XLabs terão o entendimento de como a app se comporta ao ser protegida